Mulheres que encontraram na maternidade uma ideia para empreender

Elas perceberam que há muito a aprender com a maternidade. E investiram nisso.

Hoje em dia, a mulher ocupa muito mais espaço no mercado de trabalho, é comum encontrar (ou ser) aquelas que vivem o desafio que já se tornou tradicional: como conciliar o trabalho e a maternidade. Trocar ou desistir do emprego, trabalhar menos horas ou abrir o próprio negócio são opções cada vez mais comuns.

Em algumas situações, são os bebês que resolvem esse dilema, afinal, ser mãe implica em viver experiências únicas, conhecer melhor a família e a si mesma e adquirir muita sabedoria. Conheça histórias de algumas que encontraram na maternidade oportunidades de crescer profissionalmente.

Aline Costa, do Livox
A mamãe Aline viu sua vida virar de cabeça para baixo com a chegada de Clara. A pequena sofreu falta de oxigênio no cérebro durante o parto, o que causou enormes dificuldades cognitivas. Três anos após o nascimento dela que Aline e seu marido, Carlos, criaram o Livox. Como Clara não andava, falava ou se comunicava de qualquer maneira, o casal – ela administradora e ele analista de sistemas – criou a própria solução para o problema: o Livox é um aplicativo que intermedeia a comunicação de pessoas com deficiências visuais, de fala, físicas ou cognitivas.

O software foi desenvolvido e projetado para o mercado – em 2015, foi premiado pela ONU por ser o melhor aplicativo de cunho social do ano – e até hoje continua se reinventando com novas funções que nascem a partir das experiências do casal com Clara. Aline gere toda a empresa de casa, onde vive ao lado da filha – que hoje consegue dizer quando está com fome, o que quer jantar e qual seu programa de tv favorito.

Clara dá um show de esperteza e é exemplo de como o Livox pode mudar vidas

A família de Aline recebeu o prêmio da ONU com orgulho

Giulietta Peloso, do Bobotchô Roupinhas
Giulietta sempre trabalhou com marketing e desenvolvimento de produto, mas tudo mudou quando chegou o pequeno Pedro. Por viajar muito e passar muito tempo fora de casa, Giulietta optou por pedir demissão e se dedicar completamente à maternidade. Ao procurar pijamas de inverno para o seu filho, ela teve dificuldades para encontrar produtos nacionais que tivessem a qualidade e preço que conhecia de viagens ao exterior; encontrou aí, uma deficiência no mercado brasileiro que poderia ajudar a solucionar.
Assim criou a Bobotchô, marca de roupas infantis, e gerencia tudo do escritório em casa, a uma sala de distância de Pedro e Manuela, a mais nova. “Fazer o que você gosta com flexibilidade de horário é, sem dúvida, o maior ganho” diz Giuletta, convicta.

As roupinhas Bobotchô são um amor!

O negócio tem feito bastante sucesso entre as mamães

Adriana Fernandes, do Mandala Comidas Especiais
Comunicadora de formação, Adriana sempre quis empreender e foi na chegada do segundo filho que recebeu o ponta-pé inicial. O pequeno Leo nasceu com alergias a inúmeras proteínas, o que tornou o dia-a-dia da família não apenas complicado, mas também mais caro. Ao amamentar, Adriana não podia comer trigo, leite, ovos, soja, peixes, crustáceos, amendoim, castanha, chocolate, carne vermelha e outros alimentos – tudo para manter Leo saudável.

Foi aí que surgiu a ideia da Mandala: uma empresa que produz e comercializa produtos para pessoas que são alérgicos a múltiplas proteínas. Adriana pediu demissão, abriu o próprio negócio e hoje se orgulha em ajudar não apenas outras mães e pais que se encontram na mesma situação, mas também uma variedade de pessoas que buscam este tipo de alimentos em razão da saúde e do bem estar. Hoje, ela cuida da comunicação, das receitas e do atendimento da Mandala e comemora o sucesso que obteve mesmo em tempos de crise.