A imaginação das crianças é rica. Em um momento elas trabalham em um submarino, no outro viajam até a lua… Brincadeiras, além de serem fontes sadias para diversão, auxiliam no desenvolvimento intelectual dos pequenos.

Os pais, às vezes, tentam controlar essas atividades, mas as crianças precisam praticá-las sem nenhum tipo de mediação. Os adultos devem monitorar, sim, organizando esses momentos, mas não interferir na dinâmica. É importante entender que a hora de brincar é tão importante quanto o momento de estudar, afinal, é uma oportunidade educativa que vai além dos conteúdos do currículo escolar tradicional. Isso também os humaniza diante do convívio social.

Nesse período de interação é que capacidades intelectuais e cognitivas encontram seu desenvolvimento pleno, pois a criança é livre para escolher e isso estimula seu crescimento físico e emocional.

Há uma série de normas legais, nacionais e internacionais, que garantem e afirmam a importância das brincadeiras. No Brasil, por exemplo, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece a diversão como aspecto fundamental do direito à liberdade. O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil também assegura que esses momentos são formas particulares de expressão, pensamento, interação e comunicação.

Dentro das escolas, brincadeiras são realizadas apenas durante o intervalo. Essa posição, contudo, acaba sendo alvo de críticas de muitos estudiosos, que ressaltam o fato da instituição não ser um espaço para fantasias infantis. Alguns tecem comentários às metodologias excessivas dos educadores. Segundo o ponto de vista deles, nem sempre precisa haver um objetivo por trás dessas atividades já que é através da espontaneidade que muitos criam.

O ato de se divertir é inerente ao ser humano, mas especialmente forte nas crianças. É durante esse processo que a essência delas é revelada, porque há um protagonismo da relação com a natureza, o espaço ao redor dos pequenos e a sociedade de forma geral.